Um importante movimento global está a nascer pelo fim da violência contra as mulheres e as meninas.
A questão não é nova. Aqui há uns anos o mundo conheceu a dura realidade chinesa, em que orfanatos cheios de crianças – principalmente meninas – são deixadas para morrer (com um sofrimento horrível) nos “quartos da morte“. Como a China tem excesso de população, existem leis muito duras em relação a se ter mais que um filho… mulheres e crianças sofrem horrores com a aplicação desumana destas leis. Ao mesmo tempo, são principalmente as raparigas que não são bem-vindas.
Em Portugal, a cada hora que passa são feitas quatro queixas de violência doméstica e em 2012 os homicídios conjugais dispararam. E as queixas que não são ouvidas? E as mortes provocadas por este tipo de violência (físicas e psicológica) que ninguém relaciona com esta questão? Quantas mulheres se suicidaram e as pessoas pensaram que, coitadinhas, estavam deprimidas? Quantas mulheres morreram ao serem empurradas da escada abaixo, mas, pobrezinhas, tropeçaram?
Com a mediatização de Malala Yousafzai, a adolescente paquistanesa baleada na cabeça quando viajava de autocarro para a escola, e a violação (por 7 homens!) e consequente morte de uma jovem na Índia, em Dezembro, estas questões sobressaíram e começou-se a lutar globalmente contra estes flagelos.
O tráfico de mulheres, para exploração sexual ou de trabalho doméstico, a violência doméstica, as violações… são problemas constantes no mundo, com contornos culturais diferentes, mas com uma mesma base: a violação dos direitos humanos!
Também os homens são vítimas de violência doméstica e também muitos homens sofrem de escravidão, entre outras violações dos direito humanos. São questões que não podem ser igualmente esquecidas – ninguém, nenhum ser, deve sofrer atrocidades!
Contudo, por motivos culturais, as mulheres são particularmente visadas em termos de violência física e psicológica e temos de lutar pelo fim dessa mesma violência. Só na Índia, calcula-se que em três gerações 50 milhões (!!!) de mulheres foram mortas. É muito grave! É um “gendercide” (“generocídio” ?).
Deste modo, convido-vos a juntarem-se ao movimento “One Billion Rising”, no dia 14 de Fevereiro, onde vamos todos e todas dançar para alertar o resto do mundo para o problema. Segundo a página do evento, no Facebook, da Associação Comunidária;
Uma em cada três mulheres do planeta é violada ou espancada durante a sua vida. Esse é um bilião de mulheres violadas. Um bilião de filhas, mães, avós, irmãs, amantes e amigas. UM BILIÃO de mulheres e aqueles que as amam a sair, dançar, levantar-se, e exigir um fim a esta violência.
Venha dançar connosco pelo fim da violência contras as mulheres e meninas em todo o mundo.
… Mães, trabalhadoras , estudantes, professoras, meninas, migrantes, amigas, donas de casa…
Venha dançar connosco na diversidade.Inscrições no site do evento mundial:
http://onebillionrising.org/page/event/detail/startarising/4jvvg
Em Portugal, vamos dançar em Lisboa, Monte da Caparica, Viseu e talvez no Porto. Vejam aqui onde vão ocorrer os eventos, participem se estiverem por perto ou organizem outros, perto de vós!
Quem se junta? Que outras iniciativas conhecem?
Sim , foi exatamente esta estatística que detonou este movimento global One Billion Rising
“Uma em cada três mulheres do planeta é violada ou espancada durante a sua vida. Esse é um bilião de mulheres violadas. Um bilião de filhas, mães, avós, irmãs, amantes e amigas. ” É terrivel.
Demasiado… Não percebo como é possível e fico mesmo muito triste…
Obrigada pelo comentário! 🙂
Importante movimento este e infelizmente ainda muito necessário, para chamar a atenção sobre os mais elementares direitos das mulheres.
Yep!
Vais alinhar? 🙂
Gostava muito, mas o evento não vai decorrer na cidade onde moro. Mas nunca se sabe! Pode ser que nesse dia tenha facilidade de ir até um daqueles locais. 😉
Danças em casa, com a família! 😉 Assim as crianças (?) aprendem e divertem-se! ehehehe
Boa ideia! Elas vão gostar! 😉
😀
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